Adailtom Alves Teixeira[1]
Jória Lima, manauara, ainda criança aportou na cidade de
Porto Velho em 1981, quando Rondônia ainda era Território Federal. Atriz,
diretora, dramaturga e produtora teatral, mas também advogada, até recentemente
– antes de se tornar empresária –, levou essas duas atividades com naturalidade:
a arte da cena e o campo do direito. Ela foi nossa convidada do Conversa de Quinta: arte e cultura em debate
de 26 de outubro de 2017. A conversa ocorreu na Sala do Piano, Unir Centro.
A formação da Jória ocorreu em terras mineiras, Belo
Horizonte, no Teatro Universitário (TU) e na Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), teatro e direito respectivamente. Ainda em Minas começou sua
carreira teatral, antes mesmo de terminar o curso no TU. Quando retornou para
Porto Velho ofereceu muitas formações para jovens atores e atrizes que estão hoje
na cena portovelhense.
Foi também em Porto Velho onde deu continuidade ao seu
desenvolvimento como dramaturga, levando à cena a problemática local, seja a
violência contra a mulher, seja discutindo o amor romântico, com a peça Cabaret. Esta última, criada por seu grupo, Anômade Cia de Teatro, foi um sucesso de público, apesar de
ter sido apresentada apenas três vezes, levou milhares de pessoas ao Teatro de Arena
da Praça da Madeira Mamoré.
Como diretora realizou montagens de dramaturgos importantes,
como Nelson Rodrigues, de quem dirigiu Álbum
de Família e Os Sete Gatinhos.
Foi premiada em algumas de suas montagens, bem como homenageada como atriz em sua terra
natal, Manaus.
Jória Lima também teve passagem pelo campo da gestão pública,
inclusive recentemente, quando esteve três meses na Fundação de Cultura de
Porto Velho, como adjunta do presidente Ocampo Fernandes, onde, segundo ela,
buscou encaminhar ações importantes na área das políticas públicas de cultura,
como a criação do Fundo Municipal de Cultura.
Empresária, atualmente Jória tem se dedicado a outra forma
gestão: presta serviços na área de formação de treinamento de trabalhadores.
Perguntada se abandonou o teatro, afirma que se for provocada a dizer ou
discutir algo – pois é impulsionada a criar quando quer falar algo pro mundo –,
retornará à cena.
Acompanhe toda a conversa no link abaixo[2]:
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