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domingo, 29 de outubro de 2017

Jória Lima: uma polivalente


Adailtom Alves Teixeira[1]

Jória Lima, manauara, ainda criança aportou na cidade de Porto Velho em 1981, quando Rondônia ainda era Território Federal. Atriz, diretora, dramaturga e produtora teatral, mas também advogada, até recentemente – antes de se tornar empresária –, levou essas duas atividades com naturalidade: a arte da cena e o campo do direito. Ela foi nossa convidada do Conversa de Quinta: arte e cultura em debate de 26 de outubro de 2017. A conversa ocorreu na Sala do Piano, Unir Centro.


A formação da Jória ocorreu em terras mineiras, Belo Horizonte, no Teatro Universitário (TU) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), teatro e direito respectivamente. Ainda em Minas começou sua carreira teatral, antes mesmo de terminar o curso no TU. Quando retornou para Porto Velho ofereceu muitas formações para jovens atores e atrizes que estão hoje na cena portovelhense.

Foi também em Porto Velho onde deu continuidade ao seu desenvolvimento como dramaturga, levando à cena a problemática local, seja a violência contra a mulher, seja discutindo o amor romântico, com a peça Cabaret. Esta última, criada por seu grupo, Anômade Cia de Teatro, foi um sucesso de público, apesar de ter sido apresentada apenas três vezes, levou milhares de pessoas ao Teatro de Arena da Praça da Madeira Mamoré.

Como diretora realizou montagens de dramaturgos importantes, como Nelson Rodrigues, de quem dirigiu Álbum de Família e Os Sete Gatinhos. Foi premiada em algumas de suas montagens, bem como homenageada como atriz em sua terra natal, Manaus.

Jória Lima também teve passagem pelo campo da gestão pública, inclusive recentemente, quando esteve três meses na Fundação de Cultura de Porto Velho, como adjunta do presidente Ocampo Fernandes, onde, segundo ela, buscou encaminhar ações importantes na área das políticas públicas de cultura, como a criação do Fundo Municipal de Cultura.

Empresária, atualmente Jória tem se dedicado a outra forma gestão: presta serviços na área de formação de treinamento de trabalhadores. Perguntada se abandonou o teatro, afirma que se for provocada a dizer ou discutir algo – pois é impulsionada a criar quando quer falar algo pro mundo –, retornará à cena.

Acompanhe toda a conversa no link abaixo[2]:





[1] Professor do Curso Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Rondônia; Mestre em Artes pela UNESP; ator e diretor teatral.
[2] Durante a gravação ocorreu um pequeno problema com a filmadora e alguns minutos deixaram de serem registrados, mas nada que atrapalhe o entendimento geral.