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domingo, 28 de março de 2021

A Cena Negra Amazônica tem início dia 02 de abril

A Cena Negra Amazônica



Nos dias 02, 03, 09 e 10 de abril, será realizado o projeto A Cena Negra Amazônica, que contará com apresentações de obras artísticas e debates sobre a temática afrodiáspórica com artistas e pesquisadores acerca da historicidade e da trajetória do povo negro amazônico. Dentre as participações teremos os professores Flávio da Conceição (UFAC) e Marco Teixeira (UNIR), as artistas Marcela Bonfim, fotografa de Porto Velho e Keyla Serruya, performer de Manaus, a arqueóloga e ativista social Alyne Mayra, no campo musical um encontro geracional, Carlinhos Maracã que fez parte do Cabeça de Negro e Anderson Black cantor de soul music.

As transmissões ocorrerão via plataforma digital, com duração de duas horas cada dia. Os debates contarão com mediação da produtora cultural Betania Avelar, que também pesquisa a temática afroameríndia.

O projeto foi contemplado no Edital nº 77/2020/SEJUCEL-CODEC - 1ª EDIÇÃO MARY CYANNE DO EDITAL DE FOMENTO Á CULTURA E Á PRODUÇÃO ARTÍSTICO-CULTURAL PARA TRANSMISSÕES AO VIVO/GRAVADAS, dentro do EIXO II – Apresentações artísticas(ao vivo/gravadas) - SUBEIXO C – Lives transmitidas ao vivo- com estrutura espaço adequado para as transmissões (estúdio, teatro, casa de show, etc).



SOBRE A PROPONENTE DE A CENA NEGRA


Jamile Soares é produtora, atriz e palhaça com 8 anos de experiência cênica, integrante dos coletivos Teatro Ruante, Trupe dos Conspiradores e Cia Peripécias. Com o Ruante foi ganhadora dos Prêmios Funarte de estímulo ao Circo 2019, Prêmio Sesc de Incentivo a Arte Cênica 2018 – (2018); com o mesmo coletivo integrou a produção da Mostra de Repertório do Teatro Ruante (2017 e 2018), como atriz atuou em diversos espetáculos dos grupos citados como Era uma vez João e Maria... e ainda é, CIDADE GRANDE, joão ninguém e Um inimigo do povo. Mais recentemente, na condição de discente, participou do Curso de Extensão Estudos em Teatro Negro (2020), Curso em Dramaturgia Negra (2020) e do Grupo de Extensão em Crítica Teatral da UNIR.



PROGRAMAÇÃO

DIA 02/04: Marcela Bonfim (RO) e Keila Serruya Sankofa (AM)

Mediação: Betânia Avelar

PERFORMANCE ANCESTRALIDADE – Keila Serruya Sankofa


A Amazônia é um cultivo do passado que garante um possível futuro, espaço de floresta e concreto, memórias de ferramentas de saúde. Memórias, auto-reconhecimentos, ancestralidade negra e indígenas, são cavamentos realizados nesta investigação.

Keila Serruya Sankofa, de Manaus/AM, é Artista visual, realizadora audiovisual e produtora. A artista compreende a rua como espaço de diálogo com a cidade, produzindo instalações audiovisuais que exibem filmes, fotos e videoartes na cidade como ferramenta para propor auto-estima e questionar apagamentos de pessoas negras; atualmente, utiliza seu corpo como protagonista na construção de suas obras. Tem uma vasta experiência na direção de produção de projetos audiovisuais como séries e curtas, além de produção de mostras, festivais e espetáculos de diversas linguagens artísticas. Gestora do Grupo Picolé da Massa, Diretora artística do Projeto Direito à Memória, membra da APAN Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro, Nacional Trovoa e do Coletivo Tupiniqueen.

AMAZÔNIA NEGRA – Marcela Bomfim


O projeto Amazônia Negra é um ensaio fotográfico que retrata a influência de mulheres e homens negros e seus costumes nesta relação com a natureza e fé na região amazônica.

Marcela Bonfim era outra até os 27 anos. Em SP, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia, adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens de uma Amazônia afastada das mentes sudestinas, mas latentes ao lugar e às inúmeras potências desconhecidas a seu próprio corpo recém enegrecido.




DIA 03/04: Prof. Marco Teixeira (UNIR) e Cia Beradera de Teatro (RO)

Mediação: Betânia Avelar


Marco Teixeira é Doutor em Ciências Desenvolvimento Socioambiental pela Universidade Federal do Pará (2004). Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1997). Possui graduação em História pela Universidade Federal do Pará (1982). Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Rondônia/UNIR. Pós-doutoramento em Estudos Culturais pelo Programa Avançado em Cultura Contemporânea - PACC, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2019). Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Amazônia, atuando principalmente nos seguintes temas: Remanescentes de Quilombo do Vale do Guaporé; Populações Afro-Amazônicas, Cidadania, Diversidade Etno-Racial; Ações Afirmativas; Religiosidade, cultos Afro-Amazônicos; Gênero e Sexualidade; História Regional, Identidade Social, Cultura e Televisão, Cultura Popular, História.

Espetáculo IFÉ da Beradera


A Beradera Companhia de Teatro surgiu em 2013, com a montagem da peça “Lete”, contemplada pelo Prêmio Myriam Muniz 2012, inspirada a partir da instalação das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau em Porto Velho, relacionando os atuais eventos com outros pertencentes aos ciclos migratórios do passado. O segundo trabalho do grupo, “Saga Beradera”, surgiu no ano de 2015, contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2014. A peça parte dos eventos reais da enchente histórica de 2014, que alagou diversas comunidades ribeirinhas de Rondônia. O último espetáculo da companhia foi “ÍFÈ”, contemplada com o Prêmio de Teatro Jango Rodrigues 2017, marcando a estreia de Raoni Amaral como dramaturgo e diretor. O espetáculo aborda o preconceito com as religiões de matriz afro.



DIA 09/04: Prof. Flávio Anunciação da UFAC (AC) e Alyne Mayra (RO)

Mediação: Betânia Avelar

Flávio da Conceição é professor do curso de teatro da UFAC e formado em pedagogia. Trabalha há mais de 20 anos com a metodologia do Teatro do Oprimido, dando cursos e fazendo apresentações em todo Brasil e em vários países. Atualmente coordena o GESTO da floresta- Grupo de Estudos em Teatro do Oprimido da Floresta, que é um Programa de Extensão da UFAC.









Alyne Mayra é Bacharel em Arqueologia pela Universidade Federal de Rondônia. Mestranda em Arqueologia pela Universidade Federal do Sergipe- Pesquisa o tema: Aquilombamentos urbanos na cidade de Porto Velho, com enfoque no patrimônio cultural arqueológico. Colaboradora no Projeto de Pesquisa de Arqueologia Histórica- Unir, militante social, pesquisa teoria interseccional, professora voluntária no departamento de Arqueologia- UNIR.







DIA 10/04: Carlinhos Maracanã (RO) e Anderson Black (RO)

Mediação: Betânia Avelar


Carlinhos Maracanã, nascido no Estado da Guanabara, cidade do Rio de Janeiro, em 1952, chegou em Porto Velho em 1982. Foi membro do Movimento de Criação Cabeça de Negro de 1984 a 1988. Criou o Cine Clube Zumbi dos Palmares e a Marcha Para Zumbi, realizados no dia da Consciência Negra, 20 de novembro. Foi Chefe da Divisão de Recreação e Lazer da Secretaria de Cultura de Porto Velho na Administração José Guedes. Criou o Projeto Salão do Humor em Artes Visuais, com três edições; dirigiu a Casa da Cultura Ivan Marrocos de 2013 a 2015. Membro diretor do Bloco Carnavalesco Galo da Meia Noite e participou da fundação do Bloco Até Que a Noite Vire Dia, no bairro Mocambo. Recebeu o título de Amigo da Cultura da Câmara Municipal em junho de 2003; recebeu Voto de Louvor da Assembleia Legislativa em outubro de 2019 pela contribuição pelo avanço da igualdade racial, na Semana da Consciência Negra.



Anderson Black, 25 anos, Cantor, professor de técnica vocal e ator, atua no cenário artístico de Rondônia, defendendo a representatividade da música preta brasileira, e levando consciência política e racial através da sua arte.









SOBRE A MEDIADORA


Betânia Avelar é mulher afroameríndia, Amazônida, cinéfila, produtora cultural e militante ambientalista. Graduou-se em Comunicação Social, pela UNIRON (2007) e Ciências Sociais pela UNIR (2018). Coordenou atividades de Cineclubismo no Cine Gaia/RO em Rondônia, e assessorou projetos de Educomunicação, Cultura e Gestão Ambiental em comunidades no campo e cidade. Sócia fundadora do Instituto INDIA AMAZÔNIA. Atualmente desenvolve ações como produtora cultural no Sesc Rondônia onde responde pelas linguagens de Artes Visuais, Audiovisual e Arte e Educação. É membro do GPA – Grupo de Pesquisa Ativista Audre Lorde e recentemente ingressou no LaBia – Laboratório Didático e Geográfico de Ensino, Pesquisa e Extensão Beatriz Nascimento.


SERVIÇO
O QUE: A Cena Negra Amazônica
QUANDO: Dias 02, 03, 09 e 10 de março de 2021 às 19h.
ONDE: pelos canais do Teatro Ruante – YouTube e Facenook
MAIORES INFORMAÇÕES: (69) 99201-6765


Fonte: Assessoria de Imprensa da Produção