Rede Teatro da Floresta exige que o poder
público, estados e municípios, da Região Norte destinem a verba da Lei Aldir
Blanc urgentemente
A Rede Teatro da Floresta, com fazedores nos setes estados da Região
Norte, vem a público exigir urgência dos entes públicos, Estados e Municípios,
na destinação dos recursos da Lei Aldir Blanc, afinal trata-se de uma lei
emergencial e que tem por objetivo salvar os trabalhadores, as trabalhadoras e
toda a cadeia produtiva da cultura.
Somos uma região profunda e rica, com culturas muito diversas, como
indígenas (na complexidade dos seus diversos povos), quilombolas, ribeirinhos,
com comunidades de povos da floresta, de rios e das cidades. As práticas
culturais da região estão apartadas dos grandes centros e relegadas ao abandono
dos poderes públicos locais, a prova disso é que o CUSTO AMAZÔNICO (anexo)
votado como prioridade nas Conferências Nacionais de Cultura nunca foi posto em
prática.
Atualmente, devido a pandemia do COVID-19, todas as nossas atividades culturais
estão paradas e não temos ideia de quando será nosso retorno. Em uma
articulação nacional inédita, os artistas conseguiram fazer com que o Estado
brasileiro destinasse 3 bilhões do Fundo Nacional de Cultura à cadeia produtiva
e a todos os trabalhadores e trabalhadoras de cultura do país. Esses recursos
são nossos por direito e não devem retornar aos cofres da União, pois impossibilitará
a continuidade dos nossos fazeres artísticos. Cabe ressaltar que os Municípios que
não entregarem seus planos de execução na Plataforma +Brasil, negligenciarão nosso
fazer e responderão por omissão de receitas (Lei 101/2000). Quem tem fome
tem pressa. Os artistas têm urgência. Exigimos a aplicabilidade dos recursos em
toda Região Norte, só assim continuaremos a produzir arte em nossa região.
O tempo passa e o descaso
continua. Por isso, em nossa busca por políticas públicas culturais, insistimos
em nossa afirmação de uma década atrás, em nossa Carta Pororoca (2010):
A Rede
Teatro da Floresta busca uma biopolitica construída por artistas/articuladores
do Teatro da Amazônia. A Rede entende que o Brasil, com todas as suas
instituições e mecanismos de políticas culturais para as artes do teatro, não
poderá continuar míope quanto aos artistas do norte do país e suas poéticas e
procedimentos cênicos, e principalmente, deixar de reconhecer o que significa o
CUSTO AMAZÔNICO do fazer cultural/teatral em nossa região, implicando uma
compreensão das dimensões histórica, geográfica, sócio-política, econômica e
imaginária de nossa terra e tribos.
Que se cumpra.
16 de outubro de 2020
REDE TEATRO DA FLORESTA
APOIAM:
1.
Teatro Ruante -
Porto Velho/RO
2.
Grupo Xingô - São Paulo/SP
3.
Trupe será o Benedito- Caicó/RN
4.
O Imaginario -Porto Velho / RO
5.
Grupo Manjericão - Porto Alegre/RS
6.
Teatro Imaginário Maracangalha - Campo Grande MS
7.
Companhia Opinião - SP
8.
Teatro em Trâmite - Florianópolis/SC
9.
Nativos terra rasgada - Sorocaba/SP
10. Nucleo Aclowndemia
de Palhaçaria - Sorocaba/SP
11. Cia. Estável de
Teatro - São Paulo/SP
12. Grupo TAMTAN - Tanquinho-Bahia.
13. Grupo Pombas
Urbanas - São Paulo/SP
14. Grupo Teatro de
Caretas / CE
15. Trupe Olho da Rua
/Santos-SP
16. Grupo TIA /
Canoas-RS
17. Grupo teatral
Hemisfério
18. Coletivo de
Artistas, Produtores e Técnicos em Teatro do Amapá-CAPTTA
19. Centro de
experimentação artístico e Cultural encanto dos alagados-AP
20. Cirquinho do
Revirado Criciúma SC
21. Grupo de Teatro De
Pernas Pro Ar - Canoas RS
22. Mamulengo Rasga
Estrada - Presidente Prudente - SP
23. Coletivo Fulô -
Crato - CE
24. ERRO Grupo -
Florianópolis - SC
25. Trupe Circuluz -
Olinda - PE
26. Palhaço Piruá -
Natal - RN
27. Grupo Máscaras -
Guaranésia - MG
28. Grupo Rosa dos
Ventos- Presidente Prudente SP
29. Núcleo Sem Drama
Na Cia da Cabra Orelana - São Paulo SP
30. Bojiganga de Artes
- São Paulo- SP
31. Esquadrão da Vida
- DF
32. Cia de Teatro
Madalenas - Belém-PA
33. Cia Vulcânicas -
São Paulo - SP
34. Cia Lamparim de
Circo e Teatro - Quixeramobim – CE
35. CHAP - RJ
36. Grupo Cutucurim -
Angra dos Reis-RJ
37. Corpos &
Sombras - teatro e circo - São Leopoldo-RS
38. Grupo Mãe da Rua -
São Paulo
39. Grupo A Pombagem /
Salvador-Ba
40. Cia Circunstancia
- Belo Horizonte/MG
41. Brava Companhia/sp
42. MARL – Londrina /
PR
43. Teatro Widia -
Santos/SP
44. Flor e Espinho -
Campo Grande/MS
45. Escarcéu de
Teatro- Mossoró/RN;
46. Grupo Olho
Rasteiro - Curitiba/PR
47. Cia LaCasa –
Maceió/AL
48. Gira Cia Andante -
Migu el Pereira/RJ
49. Teatro de Rocokóz
- SP/SP
50. Rué La Companhia-
Guarulhos/SP
51. Circovolante -
Mariana/MG
52. Circo Pratodos.-
Mariana/MG
53. Cia Colcha de
Retalhojs SP/SP
54. MiraMundo Produções
Culturais (MA)
55. Companhia Cultural
Ciranduís - Janduís/RN
56. Árvore Casa das
Artes - Vitória/ES
57. Teatro Itinerante
RJ (Marcondes Mesqueu)
58. Como La em Casa
Teatro & Cia Bella - São Paulo
59. Brava Companhia -
São Paulo/SP
60. Bando GolíardXs -
São Paulo/SP
61. Circo Teatro
Capixaba - Divino de São Lourehnço/ES
62. Grupo GRUTTA -
Tangará da Serra/MT
63. Cia. Fábrica SP -
Peruíbe/SP
64. Lacarta Circoj
Teatro de Rua - ES
65. O Buraco d'Oraculo
- São Paulo/SP
66. Licko Turle PELE
NEGRA - Salvador/BA
67. CIA DE TEATRO NU
ESCURO/GOIANIA-GO
68. Grupo OffSina Rio
de Janeiro- RJ
69. Teatro de
Trincheira / Caraguatatuba - SP
70. Edmilson Santini -
Cia Teatro Em Cordel
71. Grupo Mãe da Rua -
São Paulo
72. Mamulengo Sem
Fronteiras - DF
73. Povo da Rua -
Porto Alegre/RS
74. Os Mamatchas -
Morón/Buenos Aires
75. Salmonela Urbana Cia-
Curitiba-PR
76. Bonita Lampião -
São Paulo
77. Som na Linha - P.
Prudente/SP
78. Grupo Put's de
Teatro - Toledo/PR
79. Será O Benedito?!
/ RJ
80. Movimento
PaCultura - Porto Velho/RO
81. Thiago Maziero -
Músico e produtor cultural - Porto Velho/RO
82. Movimento Pró
Cultura - Rondônia
83. Marfiza Calixto de
França - Musicista e produtora - Rondônia
84. Walterlina Brasil
- Diretora do Núcleo de Ciências Humanas da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR)
85. Rafael Altomar -
Porto Velho/RO
86. Selma Pavanelli -
Porto Velho/RO
87. Marina Quinan -
Las Cabaças- PA
88. Juliana Balsalobre
-Las Cabaças- PA
89. Projeto Roda na
Praça - Manaus / AM
90. Maiara Rio Branco
AsAguadeiras - Acre
91. Amanda Schoenmaker
- AsAguadeiras- Acre
92. Criart Teatral -
Boa Vista/RR
93. Romana Melo -
Belém/PA
94. Antoniele Xavier -
Macapá/AP
95. Jamile Soares
Porto Velho/RO
96. Stephanie Matos –
Porto Velho/RO
97. MAB - Movimento
Atingidos pela Barragem - RO
98. CEVA - Cia
Eventual de Artes - Rio Branco/AC
99. Cia. Garatuja de
Artes Cênicas/ Ac
100. Everton silva - Mestre Arrepiado
- Acre
101. Eurilinda Figueiredo - educadora,
articuladora e ativista cultural - Rio Branco/Acre
102. Instituto Madeira Vivo
103. Espaço Cultural Maloca Mura de
Nazaré
104. Elizeu Braga - Casa Arigóca -
Porto Velho
105. Frente Brasil Popular/RO
106. Ângela Cavalcante - Atriz e diretora de Teatro - Porto Velho/RO
107. Grupo Quebracabeça - Porto
Velho/RO
108. Marlúcio Emídio - Ator - Porto
Velho/ RO
109. Suani Corrêa – Palhaços
Trovadores – Belém/PA
110. Alessandra Nogueira – Palhaços
Trovadores – Belém/PA
111. Companhia Paraense de Potoqueiros - Belém/PA.
112. Espaço das Artes de Belém - Belém / PA.
113. Associação de Teatro de Parauapebas- PA.
114. Grupo T.E.I.A. Belém/Pa.
115. Cia. Oliver de Teatro. Belém/Pa.
116. Cia. Teatral Nós Outros. Belém/Pa.
117. Grupo teatral Asas da Liberdade, turma do sorriso/ doutores
sorridentes/ grupo teatral, turminha de jesus/ Instituto Cultural Hozana Lopes
de Abreu/ Marabá Pará
118. Companhia de Cultura L'os Fulanos. Oriximiná-PA.
119. Cia. Panada de Teatro - Tucuruí/PA.
120. Grupo de teatro GARAGEM TEATRAL - Tucuruí/PA.
121. Coletivo Curupiranhas - Bragança-PA;
122. Grupo de Teatro Palha - Belém do Pará.
123. GITA - Belém do Pará.
124. Cia. Theatro de Performances e Espetáculos - Belém/Pa
125. Dirigivel Coletivo - Belém/Pa
126. Associação Cultural Palhaços Trovadores-Belem/Pa
127. Grupo Limítrofe -Belém/PA
128. Bambare arte e Cultura Negra/AFAIA Belem-PA
129. Grupo de Teatro Olho d'água - Santarém -PA.
130. Grupo de Teatro de Bonecos Novos Nheengaíbas - Soure
131. Grupo Folhas de Papel - Belém - Pa
132. Cia teatral Bom Intento- Bujaru PA
133. Trupe de Teatro FLÔR DE LYZ - Ananindeua PA
134. Companhia em Educação e Cultura Ludico-Arte - Capanema PA
135. Cia de Teatro Kizomba - Bujaru-PA
136. Coletivo Alumiá e Mulheres na Técnica PA
137. "Kira" Rycley Bruce -
Projeto Nimassa - Santarem/PA
138. Elder Aguiar- Grupo de Teatro Olho
d'água - Santarem/PA
139. Maria Thaís - diretora teatral -
São Paulo/SP
140. Ana Cristina Colla -, Lume- Núcleo
Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais -UNICAMP
141. Milena Marqeus - Nascedouro Gestão
Cultural, São Paulo/SP
142. Alexandre Roit - São Paulo - SP.
143. Jefferson Fernando Carneiro Alexandrino
da Igreja / Grupo de Teatro T.E.M (Teatro Experimental do Mosqueiro) -
Belém/PA
144. Leandro Pansonato Cazula - Projeto
Iurupari, Grupo de Teatro, Santarém/PA
145. Maria Rita Costa da Silva-Rio
Branco/AC
146. Luciano Flávio de Oliveira,
Trupe dos Conspiradores, Porto Velho/Rondônia.
147. Raimundo Nonato Tavares, Companhia
Vitória-Régia/Manaus Amazonas
148. Guilherme Henrique Brito Vieira |
Grupo de Teatro 'Motirõ de Teatro' ,Gurupi/TO
149. Keila Silva - Celeiro Cultural ,
Ji-Paraná/RO
150. Maria da Conceição Gomes dos
Santos., Grupo Iurupari, Santarém/PA
151. Juliana Gontijo, As Graças, São
Paulo/SP
152. Lucas Alcides Justino- Grupo de
Teatro Um Ponto Dois - Palmas/TO
153. Cícero Belém Filho | Cia de Teatro
Fernanda Montenegro | Palmas - TO
154. Claudio Barros - Belem/PA
155. Luiz Evandro Rodrigues Barbosa
(palhaço Pimenta) - Coletivo Circo Tapajós, Santarém/Pará
156. Fernanda Haucke, Cira Mor, São
Paulo/SP
157. Cibele Forjaz, Cia Livre/ SP
158. Eliana Bolanho , Cia Teatral As
Graças -São Paulo/SP
159. Eduardo Brasil / Cia 22:22 Teatro e
Dança/ SP
160. Ana Clara Amaral/Cia 22:22 Teatro e
Dança/SP
161. Jonas Santos Estevão/ arte de Rua
Botucatu/ São Paulo
162. Lucenildo Soares Lima - Monte
Alegre/PA
163. Roberto Borovik (Borô) - Alter do
Chão, Santarém / PA
164. Auristela C.Castro
165. Francesco Zigrino - diretor teatral
- Bolonha/Italia
166. Lamira Artes Cênicas - Palmas/TO
167. Annieli Valério, Uirapuru Cultura e
Comunicação, Oriximiná/Pará
168. Leandro Oliva- Projeto Palco - São
Paulo/SP
169. Aline Sasahara, documentarista, São
Paulo/SP
170. Juliana Jardim, Ensaios Ignorantes,
São Paulo/SP
171. Celso Maldos, documentarista - São
Paulo/SP
172. Rosival Dias de Sousa. Cururim e
Cia - Santarém/PA
173. Carlos Francisco - Grupo Folias
D'arte - São Paulo/SP
174. Byanca Andréa
175. Grupo Cordão Encantado do Repente,
Rio Branco/Acre
176. Giovanna Parra - Produtora, São
Paulo/SP
177. Leandro Chaves Araujo, Rio
Branco/AC
178. Jefferson Paiva de Sousa, Coletivo
Tapajônico, Santarém/Pará
179. Doutores sorridentes
180. Val Oliveira/ grupo teatral Asas da
Liberdade, Marabá Pará
181. Panorando Cia e Produtora/Coletiva
de Palhaças/Cacompanhia Manaus-AM
182. Kelly Vanessa nunes de Sousa-
Manaus/AM
183. Kelly Lima, Circo di SóLadies/SP
184. Tatá Oliveira, Circo di SóLadies/SP
185. Veronica Mello, Circo di SóLadies/SP
186. Grupo GPT – Rio Branco/Acre
187. As Aguadeiras – Rio Branco/Acre
188. Cia. Expressão de Teatro – Rio
Branco/Acre
189. Grupo do Macaco Prego da Macaca e
Barulho do Acre – Rio Branco/Acre
190. Associação Cultural Artística
Locômbia Teatro de Andanças - Boa Vista Roraima
191. Cia Art Teatro. Companhia, Meio
Fio- Boa Vista Roraima
192. Fórum de Artes Cênicas - Boa Vista
Roraima
193. Federação de Teatro do Acre - FETAC
194. Cia. Visse e Versa de Ação Cênica -
Rio Branco – Acre
195. Associação de Teatro de Santarém -
ATAS - Santarém - PA
196. Grupo Teatral Kauré - Santarém/PA
197. In Bust Teatro com Bonecos -
Belém-PA
198. Rafael Barros - Porto
Velho/Guajará-Mirim - Rondônia
199. Taiane Sales - Porto Velho/Rondônia
200. Grupo de Teatro e Pesquisa Papa
Xibé - Santarém (PA).
201. Everton silva - Mestre de Capoeira Arrepiado
- Acre
202. Companhia de Cultura L'os Fulanos.
Oriximiná-PA
203. Associação de Teatro de Parauapebas
- Pará
204. CIa. Eventual de Artes Rio Branco
Acre
205. Lúdico-Arte - Capanema PA
206. Movimento Cultural
Desclassificaveis - AP
207. Zecas Coletivo de Teatro - Belém -
PA
208. Soufflé de Bodó Co. - Manaus - AM
209. Trupe de Experimentação e
Investigação em Artes -TEIA/PA
210. Zenital Produções - RO
211. Projeto Roda na Praça - Manaus/AM
212. Coletivas Xoxós - Belém/PA
213. Cia de Artes Evolução-Porto
Velho/RO
214. Cia Teatral MeioFiu / Roraima-RR
215. Cia Arteatro /Boa Vista - RR.
216. Cordão Encantado do Repente/Rio
Branco Ac
217. Cia. Sorteio de Contos - Belém/Pa
218. Grupo Experimental de Artes Vivarte
Acre e Casa de Cultura Vivarte - Acre
219. Fórum de Artes Cênicas de Roraima
220. Tata Pacheco Arte-Belém/PA
221. Carolina Di Deus - Acre
222. Karimme Silva, Belem/PA
223. Nalzar O Portal das Artes Acre
Kuran
224. Ancaca - Arte na Comunidade a Ceu
Aberto, Marabá/PA
225. Espaço Cultural Kauré - Santarém –
PA
226. Rede Brasileira de Teatro de Rua
227. Fórum
Permanente do Teatro do Pará
228. Adailtom
Alves Teixeira – Professor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Porto
Velho/RO
229. PAKY`OP –
Laboratório de Pesquisa em Teatro e Transculturalidade do Departamento de Artes
da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
230. Jussara
Trindade Moreira – Professora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
231. Alexandre
Mate – professor da Universidade Estadual Paulista – Unesp
232. Alexandre
Falcão de Araújo - professor da Universidade Federal de Rondônia
233. Fernanda
Azevedo - Coletivo Comum – São Paulo/SP
234. Luiz
Eduardo Frin – Professor de teatro - São Paulo/SP
235. Andressa
Batista – Produtora cultural – Porto Velho/RO
236. Beatriz
Georgopoulos Calló - Coletivo Comum – São Paulo/SP
237. Laura
Melamed Barbosa – Grupo de Pesquisa Amorada - São Paulo/SP
238. Simone
Carleto - Grupo de Pesquisa Amorada
239. Flávio Melo
- Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada - Sorocaba/SP
240. Rodrigo
Morais Leite - professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
241, Ivanildo
Piccoli Brincantuar CNPq Ufal
242. Valdete
Sousa teatro Wankabuki RO
243. Coletivo
Indígena Mura de Porto Velho
244. EspaçoCultural:
Casa de Cultura Vivarte- AC
245. Mawaca -
São Paulo
246. Iberê
Guaraní M'byá
247. Karla
Martins - atriz e produtora cultural
248. Hundu Shãwã
articulador, Cacique Geral Ac
249. Instituto
Cultural Ajuri no (INCA), Parintins-AM
250. Marcos
Moura - Gestor e Produtor Cultural, Parintins-AM
251. Elgle Alves
Artur Manchineri, Rio Branco-AC
252. Francis
Mary Alves de Lima - poetisa, Rio Branco - Acre.
253. Nalzar o
Portal das Artes – Acre
254. Berenice
Perpétua Simão- Professora,
Bailarina; Porto Velho, RO
255. Cléber
Barros Moura - Dramaturgo, cenógrafo e professor de teatro - Rio Branco/AC
256. Alessandro
Gondim - Escritor - Rio Branco/AC
257. Kelvin
Illitch Silva Santos - Artista - Rio Branco/Ac
258. Eldo Carlos
Gomes Barbosa Shanenawa /Rio Branco – AC
259. Ricardo
Dantas - escritor - Boa Vista-RR
260. Mestre
Artesão de Ofício Darlindo Oliveira do Pará
261. BÀBÁ EDSON
CATENDÊ cantor, ator, dramaturgo, produtor cultural e Mestre tradicional de
matriz afro brasileira - Belém-Pará
262. Isabelle
Amsterdam realizadora Audiovisual- Rio Branco/AC
263. Carolina Di
Deus, atriz, palhaça, cantora e produtora cultural
264. Glauber
Jansen, músico, compositor e produtor cultural/AC
265. Concita
Maia - Instituto Mulheres da Amazônia/IMA
266. Patricia
Helena Costa Silva/AC
267. Camila
Cabeça/ Acre e Pará
268. AFAIA/ESPAÇO
CULTURAL ARAUARA- PARÁ
269. Deia
Palheta / coordenadora Pto. De Cultura Iaçá/ Musicista e compositora; Profa. Da
UFRA-PA
270. Jéssica
Vulcão/ Acre
271. Delton Cruz – Educador e Gestor Cultural - PA
272. Pedras - compositor, produtor musical e instrumentista
RN/AC
273. Edmilson Figueiredo - Produtor Cultural / poeta /
compositor / cinegrafista – Brasília
274. Diego Brito – Músico, educador musical e produtor cultural
- Taquarussu do Tocantins – TO
275. Laurene Ataíde - Socióloga, Produtora Cultural,
Coordenadora Pto. de Cultura Ninho do Colibri/Museu dos Pássaros/Belém/PA
276. Associação Cultural Artística Locômbia Teatro de Andanças -
Boa Vista/RR
277. Las Cabaças - Santarem-PA
278. Grupo de Teatro e Pesquisa Papa Xibé - Santarém (PA)
279. Grupo de Teatro Palha - Belém do Pará
ANEXO
CUSTO AMAZÔNICO
Existe uma região no Brasil composta por indígenas, europeus, asiáticos, negros
africanos, caboclos e nordestinos brasileiros migrados, e principalmente, e
quase totalmente, por uma mistura-mesclada de todos os outros citados, o
"Homo amazonius", ser humano adaptado ao seu território.
Formada pelos sete Estados da região norte, mais parte do Maranhão e parte do
Mato Grosso, esta região, a Região Geoeconômica da Amazônia ou Complexo
Regional Amazônico, ocupa 59%
por cento do território desse país, cerca de 5,1 milhões de quilômetros
quadrados de barreiras geográficas, que obriga o ser humano adaptado a, dentro
de um único Estado, levar 32 horas de viagem fluvial para ir de um município a
outro, sem opção terrestre ou aérea. Ou, dentro de um único município,
percorrer 900 km de um distrito até a sede urbana, por terra (digo, lama), sem
opção fluvial ou aérea.
Ser
humano adaptado a apenas duas estações: a de poeira, no verão, e a de lama, no
inverno, se estiver em área terrestre, e a de lama, no verão e de muita água,
no inverno, se for ribeirinho. O Clima equatorial úmido, predominante na
região, gera altas taxas de precipitação pluviométrica. No verão chove todo
dia, no inverno chove o dia todo. Em qualquer das situações, terá que enfrentar
a malária, a dengue, a leishmaniose, e, a cada novo período de lama, o aumento
de cerca de 40% no preço dos alimentos e medicamentos que podem ser comprados
(se tiver onde comprar). Quem tem equipamentos eletrônicos ou qualquer outro
bem com um mínimo de sensibilidade à umidade, necessita de um estado permanente
de manutenção ou perda total de documentos, objetos, acervos.
Em
centenas de lugarejos e comunidades de dezenas de municípios paga-se muito e
arrisca-se a vida para simplesmente ir e vir, pois as únicas vias de acesso são
os rios e igarapés da maior bacia hidrográfica do planeta, com quatro milhões
de quilômetros quadrados só na Amazônia brasileira. Os barcos, meios de
transporte predominantes na região, no geral, não tem equipamentos de
segurança, a maioria não possui coletes salva-vidas, proteção contra o
escapamento de fumaça do motor e nem contra o eixo de funcionamento (gerando um
dos índices mais elevados de escalpelamento do mundo), sem conforto e limpeza.
Ainda assim, é caro. O diesel que alimenta esses barcos sai de São Sebastião
(SP) e percorre de 6 a 10 mil quilômetros para ser consumido e, nisso, entre
navios, barcos, caminhões e muitos dias de viagem, gasta 10 milhões de reais,
transformando-se no diesel mais caro do país.
Esse
mesmo diesel torna a energia 5 vezes mais cara na região, pois é gerada em
usinas termelétricas alimentadas...pelo diesel, que, além, jogam no ar, por
ano, o equivalente a toda a frota de veículos da cidade de São Paulo no mesmo
período. Com essas condições, existem distritos, comunidades e até regiões da
Amazônia brasileira sem energia elétrica. Também, no trecho amazônico da
transamazônica, 66% da população não tem água encanada e 27% não tem
instalações sanitárias.
O ser
humano adaptado, mesmo o mais adaptado, com toda a certeza prefere condições
mais adequadas de vida. Disse adequadas. Ele não precisa de um prédio de
apartamentos, nem de um carro do ano, alguns nem de trabalho precisam, pois já tem,
mas de condições sanitárias melhores, comodidades que a energia elétrica
estável permite, água encanada, médico, escola, arte, reconhecimento cultural.
Os governos, sem disposição política de chegarem até essas pessoas, passaram
anos estimulando o êxodo e hoje 73% da população amazônida vive nas cidades.
Estes enfrentam problemas semelhantes aos das cidades do sul e do sudeste do
Brasil (bolsões urbanos de desemprego, violência, drogas, sobrevida), mas, sem
infraestrutura. Os outros, mais adaptados, que por algum motivo continuam na
floresta ou nas beiras de estradas e de rios, sobrevivendo da pesca, do
extrativismo vegetal ou da agricultura familiar, parecem ter menos direitos
sociais de cidadania que os das cidades (eles não vivem nas cidades mesmo).
Sim, as
políticas públicas no Brasil apresentam vários problemas. Mas, para a Amazônia,
submetem o amazônida a um processo econômico que não o considera, não considera
as características da região e, por conseguinte, não respeita a sua cultura.
Repete experiências que deram certo noutros contextos culturais e naturais,
concebe povo e natureza como primitivos e atrasados. A idéia de desenvolvimento
sustentável, que considera o meio e seu sujeito, insere suas necessidades
presentes e prevê condições futuras, não é essencial nessas políticas, aparece
limitada a alguns programas de alguns órgãos dos setores ambientais. Ou seja, a
grandeza, a riqueza e a diversidade da floresta são reconhecidas, mas o ser
humano que a habita, não.
Falemos então dos custos disso. Esta região possui o 3º Produto Interno Bruto do
Brasil (perdendo para o Centro-Sul e para o Nordeste), com uma economia baseada
no extrativismo animal,
vegetal e mineral. Algumas multinacionais estão instaladas na região, sobretudo
na serra dos Carajás (Pará), de onde se extrai parte do minério de ferro do país. Alguns pólos industriais se destacam
na região, a saber, o Pólo Petroquímico da Petrobras, com extração de
petróleo e gás natural nos poços de Urucu, em Coari/AM, o Pólo Industrial de Manaus (PIM)
e o Pólo de Biotecnologia, também em Manaus. O PIM fabrica a maioria dos
produtos eletrodomésticos brasileiros valendo-se de uma política governamental
de isenção de impostos.
Ainda que Manaus seja o terceiro Estado brasileiro em PIB per Capita, com R$
13.534, Belém, Boa Vista e Palmas estão entre os do fim da fila, com R$ 4.875,
R$ 4.749 e R$ 4.392, respectivamente. No ranking do Indice de Desenvolvimento
Humano (IDH), o Estado que chega mais perto do topo é o Mato Grosso, em 11º
lugar. Vai seguido sequentemente pelo Amapá, Amazonas, Rondônia, Tocantins,
Pará, Acre e Roraima. O Maranhão é o penúltimo. O Acre tem o município líder na taxa de
analfabetos: 60,7% dos 4,45 mil habitantes de Jordão não sabem ler ou escrever.
(Para
falarmos um pouquinho de teatro, segundo o Anuário de Estatísticas Culturais,
publicado pelo MinC em 2009, a Região Norte tem 46 teatros, perde para todas as
regiões. Não vou nem falar dos 689 teatros do Sudeste. Os últimos cinco Estados
da lista em quantidade de teatros são do Norte. A maioria dos equipamentos
teatrais da região, senão todos, fica nas capitais. Palmas (TO), por exemplo,
tem um teatro para 220 mil habitantes).
Considerando que isso seja resultado de uns quatro séculos de exploração em favor
das metrópoles e da nação, ainda é um lugar onde o de fora aponta o que deve
ser valorizado e explorado, indica o tipo de cultura apreciável, mostra o que
se esperar para o futuro. Uma história de anulação da identidade cultural do
ser humano da região, uma imposição de valores. Assim, a Região Geoeconômica
da Amazônia ou Complexo Regional Amazônico, entrou nesse
século com sua identidade cultural em risco de desaparecimento, substituida por
uma imagem estrangeira de exotismos, sem um projeto firme de desenvolvimento
adequado à sua gente e à sua diversidade de expressão.
Há uma situação a ser reparada, cuja responsabilidade é da nação. Há um
reconhecimento a ser deflagrado sobre as possibilidades de um ser moderno,
integrado à natureza, mesmo que em centros urbanos, sujeito da sua própria
cultura (no caso dessa região, pela diversidade, diremos: culturas), capaz de
escrever sua história. Atitude de grandeza humana para além de detrimentos
entre regiões e sim de completude de uma expressão nacional. O "Homo
amazonius" deve apontar seus próprios modelos, com o respeito e o
reconhecimento das demais populações brasileiras.
População da Amazônia em 2009 (estimado) 24.728.438
Fontes:
Revista Veja Especial Amazônia, editora Abril, ano 42, setembro 2009. http://veja.abril.com.br/especiais/amazonia/index.html
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=354
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_estados_do_Brasil_por_IDH#IDH_Renda
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142002000200008 Amazônia: uma história de perdas e danos, um
futuro a (re)construir. de Violeta Refkalefsky Loureiro (mestre em Sociologia pela
Unicamp, doutora em Sociologia pelo Institut des Hautes Études de l'Amérique
Latine (Paris) e professora da Universidade Federal do Pará).
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2009/10/cultura_em_numeros_2009_final.pdf